Coronavírus: 26% dos mortos em Maringá não tinham comorbidades
Imagem ilustrativa/foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Coronavírus: 26% dos mortos em Maringá não tinham comorbidades

Saúde por Fabio Guillen/GMC Online em 13/10/2020 - 19:06

Dados da Secretaria de Saúde de Maringá revelam que 26% das pessoas que morreram por complicações da Covid-19 em Maringá não tinham comorbidades, ou seja, não faziam parte do grupo de risco. Outros 74% sim tinham outras doenças, a maioria doenças cardiovasculares. 

Os números são das mortes registradas entre o dia 28 de fevereiro deste ano até o dia 22 de agosto, quando o Município contabilizava 130 mortes. O último boletim divulgado nesta terça-feira (13), aponta que agora são 147 mortes. 

A médica e gerente da vigilância epidemiológica de Maringá, Jussara Cavalcante de Souza Titato, disse que as estatísticas apontam que pessoas sem comorbidades também podem ter complicações. No caso de Maringá, os números foram tabulados com base nas informações que são repassadas à Secretaria de Saúde. 

“São pessoas que não tinham nenhum registro de doença prévia segundo dados da secretaria municipal de saúde. Existe a possibilidade da comorbidade não ter sido informada na certidão de óbito, existe também a possibilidade do paciente ter demorado para procurar ajuda e nem todos evoluem de forma tranquila. Ou essas pessoas jovens não conhecessem ser portadoras de alguma doença de base. Mas não podemos ignorar que é uma doença que está sendo conhecida e mesmo jovens ou saudáveis podem ter complicações e morrer”, disse a médica. 

Fonte: Secretaria de Saúde de Maringá
Fonte: Secretaria de Saúde de Maringá

A médica disse ainda que muitos ignoram a obesidade e, segundo ela, a obesidade é um fator de risco importante que precisa ser levada a sério. “Ninguém valoriza a obesidade, mas a obesidade é um fator de risco grande. Isso tem sido observado tanto aqui dentro do País quanto fora também”, explicou. 

“Cuidados com a doença serve para todos, seja do grupo de risco ou não”, diz médica 

A médica e gerente da vigilância epidemiológica de Maringá, Jussara Cavalcante de Souza Titato, disse que todos precisam redobrar os cuidados com a doença. As estatísticas e a ciência apontam que qualquer pessoa pode ter complicações pela covid-19. 

Jussara alerta para que todos sigam os protocolos e evitem se contaminar pelo novo coronavírus. 

“As pessoas precisam redobrar o cuidado com a doença, seja do grupo de risco ou não. Ser jovem não é passaporte para não ter complicação por covid. O processo de cuidado vale para todos, independentemente de ter comorbidades ou não. A proteção se faz necessária. A gente ainda vê que a população não está totalmente engajada”, disse a gerente da vigilância epidemiológica de Maringá, Jussara Cavalcante de Souza Titato. 

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