Gilson Aguiar: 'a máquina pública é agredida pela má intenção'

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Gilson Aguiar: 'a máquina pública é agredida pela má intenção'

O comentário de Gilson Aguiar por Gilson Aguiar em 09/05/2018 - 08:14

Amor ao trabalho?

A prefeitura de Maringá vai abrir sindicância para apurar horas extras que já custaram mais de 2 milhões de reais ao município. Em 2017, o excedente de horas custou R$ 20 milhões. 80 servidores serão ouvidos, também diretores. Três secretarias são as que mais apresentaram horas extras, Serviços Públicos, Educação e Esportes.

Para se ter uma ideia do tamanho do arrombo que as horas extras promovem, a média dos 80 servidores que serão investigados é de 100 horas mês. O que representa 20 dias a mais de trabalhado. O principal argumento de quem faz horas extras são dois, substituir quem falta e baixos salários.

O poder público municipal está preocupado com o aumento gradativo do gasto com o funcionalismo, que já atinge metade do orçamento. Com concurso aberto e novas contratações a caminho, o arrombo tende a aumentar. Afinal, todos querem ser funcionário público. A busca da estabilidade e de um ganho estável. O estado é o maior empregador do país.

Como resolver? Reduzindo a máquina pública. Reduzir o número de funcionários públicos e terceirizar serviços. Estabelecer contratos com empresas, com prazos determinados e estabelecendo pagamento diante de serviços prestados de fato. Controlar a qualidade do que é prestado ao poder público e a população. Privatização melhora o desempenho e com honestidade resolve.

O grande problema é que a máquina pública é agredida pela má intensão. Se há o homem público que quer fazer a vida na política, há o funcionário público que deseja tirar proveito da coisa pública, da máquina do estado, para ganhar um pouco mais e trabalhar o mínimo possível. Quando há os que trabalham, sempre estão na substituição dos que faltam. A educação é recheada da ausência de professores em sala. Tem que haver merecimento para quem produz mais, também, punir e demitir quem não trabalha.

O concurso aberto pela prefeitura para contratar novos funcionários públicos tem uma grande procura. O desejo de entrar para o corpo de servidores municipais é razoável. Chama a atenção. O sonho da segurança e ganho subsidiados sem tanta exigência. Fazer parte da corporação do funcionalismo. Lamentável para quem trabalha dentro da máquina pública e produz. Dividir espaço com quem faz o mínimo e exige direitos respaldados por um estatuto que valoriza a todos por igual e nunca seleciona o “joio do trigo”.

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