Isolamento social: entre a necessidade e o desnecessário
Imagem ilustrativa/Pixabay/domínio público

Opinião

Isolamento social: entre a necessidade e o desnecessário

O comentário de Gilson Aguiar por Gilson Aguiar em 31/03/2020 - 07:47

A crise começa a demonstração sua face econômica com as demissões. Há uma pressão da sociedade nos dois sentidos. Manter as restrições, o chamado isolamento horizontal, de forma absoluta, ao máximo que se pode. Há também os que querem apenas o isolamento vertical, afastar do trabalho, da vida social, apenas os do chamado grupo de risco. Pessoas com mais de 60 anos e com doenças crônicas.

Em Maringá há um excesso nas medidas de fechamento dos estabelecimentos comerciais. Não se nega a necessidade de fechar a maioria do comércio. É necessário que tenhamos calma e capacidade de prevenir que o contágio atinja um grande número de pessoas e venha a causar mortes e levar ao esgotamento a estrutura de saúde.

Podemos abrir açougues, panificadoras, pequenos comércio de produtos de primeira necessidade. Mantendo as mesmas medidas restritivas e de controle de higiene que já se coloca para os supermercados. Isto permitiria o acesso mais rápido a produtos para a população nos bairros sem que se tenha o deslocamento de um grande número de pessoas aos supermercados, muitas vezes tendo que utilizar o transporte coletivo para isso. O que não é recomendado diante da possibilidade de aglomeração.

A medida de abertura levaria a manutenção dos empreendimentos pelos micro e pequenos empresários que não teriam condição de sobreviver se tivessem que manter o seu estabelecimento fechado. Também manteria empregos importantes para uma população de baixa renda a qual seria a primeira a sentir os efeitos da crise. Não podemos esquecer que sãos as micro e pequenas empresas que empregam mais da metade da força de trabalho no Brasil.

Temos que manter o isolamento, mas também flexibilizar na medida do possível aquilo que se faz necessário. Precisamos evitar que uma grande quantidade de pessoas fiquem sem renda e se tornem um passivo social que será um problema pior que o que estamos atravessando com o coronavírus, e mais letal.

 

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