Movimento negro apresenta reivindicação de cota racial para UEM
Victor Simião/ CBN Maringá

Educação

Movimento negro apresenta reivindicação de cota racial para UEM

Educação por Victor Simião em 12/09/2018 - 17:55

Uma apresentação foi realizada no CEP, o Conselho de Ensino e Pesquisa. Tema será discutido em uma câmara e não tem prazo para ser aprovado. 

A estudante de Ciências Sociais Liege Torrezan chorou na tarde desta quarta-feira. Ela assistiu ao ato realizado pelo movimento negro em um auditório lotado da Universidade Estadual de Maringá. Um representante do grupo explicou por que a UEM precisa ter cotas raciais aos professores que compõem o CEP, o Conselho de Ensino e Pesquisa, colegiado responsável pelas decisões mais importantes da instituição. Liege disse que se emocionou porque só quem é negro sabe a dificuldade que é viver em uma sociedade estruturalmente racista. Por isso, na avaliação dela, a implementação dessa ação afirmativa já passou da hora na UEM
 
Na tarde desta quarta-feira, representantes do movimento negro apresentaram as razões que sustentam o pedido de implementação de cotas raciais na UEM. Entre eles, a estrutura social – que afastou o negro da universidade; e como as ações afirmativas podem reparar esse dano.

Em agosto foi entregue um documento pedindo as cotas, com um um abaixo-assinado com três mil assinaturas. Esses itens foram para a Câmara de Graduação, que é uma parte do CEP.
O psicólogo Paulo Vitor, membro do coletivo negro Yalode Badá, falou que na avaliação dele, tudo indica que esse é o momento para implementar o sistema de cotas. Por isso foi feita a apresentação aos professores do CEP.
 
A Câmara de Graduação é que analisa a implementação da ação afirmativa. O presidente é o professor Luiz Fernando Lolli. Ele recebeu o documento com o pedido e falou que  está estudando o assunto e que será criado um grupo de relatores para debater o tema.
 
Independentemente da posição final dos relatores, a Câmara tomará uma decisão, que depois será levada ao CEP que aceitará ou não. Não existe prazo para análise do tema.
Há pelo menos três anos o movimento negro em Maringá tem lutado para a instalação do sistema.
A UEM tem o sistema de cotas sociais desde 2009, que leva em conta a renda familiar do aluno e se ele estudou em escola pública.

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