Atualmente participam do projeto 31 pessoas que visitam hospitais, UPAs, abrigo municipal infantil, eventos de ONGs em geral. Foto: Reprodução/Instagram

Muito mais do que arrancar gargalhadas e levar alegria, o palhaço tem um papel fundamental: promover o bem-estar. Foi pensando assim que há quatro anos surgiu o Projeto Florir, de Maringá, que leva alegria e minimiza o sofrimento por meio de brincadeiras e atividades.

Em todos esses anos de atendimento, o grupo tem muitas histórias para contar. Uma delas que marcou toda a equipe foi quando uma criança de um abrigo pediu para ser adotada por eles.

“Nesta época haviam irmãos que estavam na fila de adoção (hoje todos adotados), o mais novo estava no meu colo, olhou nos meus olhos e pediu ‘Palhaço, me adota?’. Nessas horas não é fácil, mas nossa função é alegrar e naquele momento foi que fizemos. Eles entenderam que não podíamos tirá-los de lá, mas por algumas horas brincamos e os levamos para uma jornada no mundo da imaginação, no qual eram os protagonistas”, afirma coordenador do Projeto Florir, Tiago Junior Mariano.

Outra história que também marcou muito a equipe e é sempre lembrada, foi de uma visita realizada ao Asilo São Vicente de Paula. Lá encontraram uma senhora triste e que estava há um mês no local. “Ela estava muito mal e se sentindo abandonada pela família, não estava sendo fácil aquele período de adaptação. Como estávamos com instrumentos musicais, perguntei se ela queria ouvir alguma música. A pedido dela tocamos ‘Asa Branca de Luiz Gonzaga’. Usando uma gaita de boca e violão, ela cantava, chorava e ria, tudo ao mesmo tempo. Era a música que cantava com o finado pai nos fins de semana. Foi um momento muito rico e no final tínhamos uma senhora alegre e agradecida. Por alguns minutos ela vivenciou uma lembrança que a encheu de esperança e amor”, ressalta.

Transformando dor em alegria

A arte do palhaço é sensível e transforma a tristeza do outro em felicidade. Atualmente, participam do projeto 31 pessoas visitando hospitais, UPAs, abrigos e eventos de ONGs em geral.

“O projeto nasceu da parceria entre um grupo de amigos que já desenvolvia projetos sociais na região do Conjunto Requião, Guiapó e Jardim Paulista”, conta o coordenador do Projeto Florir. Segundo ele, todo o custo para preparação, compra de acessórios foi coberto pelo Edital Territórios Culturais da Secretaria de Cultura de Maringá. “Tivemos duas edições do curso preparatório, tudo custeado pelo edital da secretaria”, disse.

Quer participar do Projeto Florir?

O espaço é sempre aberto para novos integrantes. Para quem deseja participar do Projeto Florir, basta entrar em contato pelo número (44) 99874 2494, ou pelo Instagram. O nome será colocado em uma lista de espera para a próxima turma do curso preparatório.

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