Família desabrigada em Maringá recusou ajuda da prefeitura em 2017
Carina Bernardino/CBN Maringá

Moradia

Família desabrigada em Maringá recusou ajuda da prefeitura em 2017

Cidade por Carina Bernardino em 25/03/2019 - 16:34

A reintegração de posse do imóvel ocorreu no fim de semana. Conselho Tutelar condena os registros do despejo que viralizou nas redes sociais. Imagens foram divulgadas por um vereador.

Um casal e quatro filhos que moravam em um imóvel de forma irregular foram desabrigados na tarde de sábado (23) em Maringá. A família estava há quase quatros anos na moradia improvisada localizada no final da Avenida Kakogawa. O terreno é da Associação Projeto Reviver, que conseguiu a reintegração de posse cumprida no fim de semana. O oficial de Justiça chegou na casa às 10h da manhã e o barraco foi demolido por das 15h. A família retirou o que pode. No período, fotos do despejo viralizaram nas redes sociais e houve críticas ao poder público. Por conta disto, na tarde desta segunda-feira (25) a prefeitura de Maringá se pronunciou sobre o assunto. A secretaria de Assistência Social e Cidadania, Marta Kayser, disse que o município não sabia da reintegração de posse. Segundo ela, a família é atendida pela Sasc desde 2010.

A família desabrigada no fim de semana recebe cartão alimentação mensal da Sasc, de R$ 90. Eles também tinham o Bolsa Família, mas o benefício foi suspenso em dezembro do ano passado por causa de inconsistência dos dados apresentados ao Governo Federal. O Conselho Tutelar também acompanha o caso do despejo por causa dos quatro filhos do casal. O conselheiro Carlos Bonfim diz que o oficial de Justiça também não comunicou o órgão sobre a reintegração de posse. Para o Conselho, a medida foi arbitrária. Bonfim também condenou a divulgação das imagens do despejo nas redes sociais feita por um vereador.

Hoje, em Maringá, 33 famílias são atendidas pelo Aluguel Social. Por nota, a Associação Projeto Reviver, dona do terreno desocupado, informou que tentou uma desocupação amigável do imóvel em 2018 e não conseguiu, por isto entrou na Justiça. Ainda segundo a nota, a ordem judicial foi entregue à família em 16 de fevereiro deste ano e o prazo era de 30 dias. Ou seja, a desocupação foi comunicada e eles tinham ciência de que a reintegração de posse poderia ocorrer a qualquer momento.

Atualizado em 26.03 às 9h00- a família recebeu a proposta de ir para uma entidade que oferece uma casa até que a situação seja reestruturada. Mas a família não aceitou e foi para a residência de conhecidos. Agora a prefeitura começa o processo de aluguel social, que é um pouco mais demorado. 

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