Ministério Público ouve secretário Jair Biatto
Foto: Divulgação/MP-PR

Saúde

Ministério Público ouve secretário Jair Biatto

Cidade por Victor Simião em 26/06/2020 - 17:09

O responsável pela Saúde de Maringá falou durante 20 minutos e explicou que a compra de produtos com valores mais altos ocorre devido à burocracia. A promotoria de Justiça deve convidar outro secretário para falar sobre o caso e não descarta abrir inquérito.

O secretário de Saúde de Maringá foi ouvido pelo Ministério Público nesta sexta-feira (26). Jair Biatto falou ao promotor de Justiça Pedro Ivo sobre uma afirmação dele. Foi por meio de videoconferência. Em maio, Biatto disse na Câmara de Vereadores que a Prefeitura pagava até três vezes mais que a iniciativa privada por produtos.

No depoimento, que durou em torno de 20 minutos, o secretário disse o que já havia falado antes: que o motivo é a burocracia. Segundo uma fonte ouvida pela CBN, ele também disse que, como vem da iniciativa privada, ainda tinha dificuldades para entender a burocracia do setor público.

Embora seja chamado de depoimento, a conversa foi para uma espécie de complemento aos documentos que tinham sido enviados pela Prefeitura.

Não há nenhuma acusação contra o secretário. O depoimento foi pedido após a Saúde enviar documentos ao Ministério Público, e o promotor responsável pelo caso querer ter mais informações. O MP instaurou um procedimento no final de maio chamado notícia de fato. A medida foi tomada após o vereador William Gentil protocolar um pedido de investigação.

No dia 21 de maio, Biatto disse na Câmara de Vereadores que a Prefeitura paga até três vezes mais na compra de produtos. O assunto repercutiu, foi criticado por parlamentares e Observatório Social. Jair Biatto se justificou depois. Disse que havia dois motivos para o aumento de preço: burocracia e alta demanda de produtos. Uma CPI foi criada para investigar as compras na saúde nos últimos 12 meses.

A CBN apurou que o secretário de Patrimônio, Compras e Logísticas da Prefeitura de Maringá, coronel Paulo Carstens, deve ser convocado para prestar esclarecimentos ao Ministério Público. Ele já foi ouvido nessa semana na CPI da Saúde.

O MP não descarta transformar a notícia de fato em um inquérito civil - que é como se fosse um segundo passo, caso encontre mais problemas, mas ainda é cedo para ter certeza em relação a isso.

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