Planejamento e urbanismo: novas ações e oportunidades para Maringá
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O Assunto é Política

Planejamento e urbanismo: novas ações e oportunidades para Maringá

O Assunto é Política por Diniz Neto em 07/06/2018 - 14:20

TEMPO Faltam 122 dias para as eleições de 7 de outubro, primeiro turno.

IPPLAM, PLANEJAMENTO, CONCURSO E UM POUCO DE HISTÓRIA

Foi sancionada ontem a lei criando o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Maringá (IPPLAM). O arquiteto Celso Saito tomou posse como diretor-presidente.

Na solenidade de criação oficial do IPPLAM, ontem à tarde, foi assinado convênio com Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB) para a organização do Concurso Nacional de Projeto Urbanístico para o Eixo Monumental de Maringá.

A ideia é reurbanizar o espaço entre a Catedral até a Vila Olímpica e UEM.

As possibilidades são muitas e também dependerão da criatividade e competência dos arquitetos que apresentarem projetos ao concurso. 

Se espera que o concurso apresente ideias e soluções urbanísticas que transformem o eixo em um marco arquitetônico da cidade.

Uma oportunidade que Maringá já perdeu uma vez.

Só para relembrar: os primeiros debates para retirada da linha férrea do centro começaram com o prefeito Silvio Barros, na gestão 1973-1976. Aí se vão 45 anos.

10 anos depois, Said Ferreira buscou uma solução junto a Oscar Niemeyer. Em 1986 ele foi contratado, pela Urbamar, então presidida pelo jovem engenheiro Ricardo Barros, e criou o Projeto Ágora, que estabelecia a ocupação de toda a área do Novo Centro, com propostas de áreas para trabalho, lazer, moradia, circulação e atividades cívicas. 

Por várias razões o projeto não se viabilizou e Maringá perdeu uma grande oportunidade de trocar a especulação imobiliária por um marco arquitetônico, de relevância internacional. 

A segunda oportunidade é o projeto para o eixo monumental. Uma iniciativa única e de grande importância para o que Maringá será nos próximos 50 anos.

A FAMA DE CIDADE PLANEJADA QUE PLANEJA

Sempre se falou muito do projeto do urbanista Jorge de Macedo Vieira, feito lá pelos anos de 1944 e 1945, sob encomenda da Companhia de Terras Norte do Paraná.

Maringá nasceu primeiro na prancheta de um urbanista, especializado e dedicado a criar espaços urbanos no conceito de “cidade jardim”.

Já que hoje estamos fazendo uma coluna de relembranças, o conceito nasceu 

Ebenezer Howard, um pré-urbanista inglês, escreveu um livro publicado originalmente em 1898, onde propôs uma alternativa aos problemas urbanos e rurais que então se apresentavam. O livro “To-morrow” (chamado “Garden-cities of To-morrow” – Cidades Jardim do Amanhã, na segunda edição, em 1902), apresentou um diagnóstico sobre a superpopulação das cidades e suas consequências.

Jorge de Macedo Vieira foi um dedicado discípulo de Howard e Maringá tece uma concepção urbanística fundamentada em tudo isto. 

Mas... voltando ao planeta Terra...

Maringá, nos últimos anos, ganhou fama e se tornou referência por ser uma cidade que respeita e se desenvolve de forma planejada.

De acordo com estudo da Urban Systems, feito para o evento “Connected Smart Cities”, em 2015. Maringá foi considerada a cidade com melhor planejamento urbano, com 7,9 no índice que varia de zero a 8. Foram analisadas 700 cidades, comparando 70 indicadores em 11 áreas de gestão pública.

O Conselho de Desenvolvimento de Maringá, o Codem, teve um papel importante de ligação da sociedade organizada e dos setores produtivos com a administração pública da cidade, ampliando o processo de planejamento e se tornando o centro, o lugar de debates. 

O atual presidente do Codem, José Roberto Mattos, com apoio do prefeito Ulisses Maia, está reunindo os secretários municipais e os empresários, em reuniões que tem como ênfase dados e informações sobre planejamento.

O secretário de Obras Públicas de Maringá, Marcos Zucoloto Ferraz, fez uma apresentação ao conselho, esta semana. Mais três secretários municipais estiveram presentes.

Zucoloto apresentou projetos e obras em andamento.
Na reunião surgiram questionamentos e sugestões de grande importância, mostrando a importância de que estas reuniões se tornem regulares, auxiliando Maringá a manter e talvez até a ampliar a sua justificada fama e referência de cidade que planeja o seu futuro. 

Em algumas obras importantes apresentadas foi possível perceber a necessidade de previsões do que ocorrerá. Ações preventivas são necessárias para evitar transtornos e prejuízos.

Para citar um exemplo: As obras previstas no aeroporto, por exemplo, com recursos de R$ 120 milhões. Há uma segunda pista a ser construída e a revitalização da atual. O cronograma destas obras é muito importante para o município e a região.

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