É uma história de amor.
Por 15 anos, o casal Nobili e Andreia Jarletti esteve inscrito no Programa Família Acolhedora de Maringá.
Neste período, 10 crianças foram acolhidas pelo casal.
Mesmo com quatro filhos biológicos, o lar dos Jarletti sempre teve um espaço de carinho e amor para crianças que precisavam temporariamente de acolhimento.
Até que um dia o casal decidiu que queria adotar uma criança.
Eles sabiam que havia muitas crianças precisando mais do que acolhimento, precisando de uma família.
O casal removeu o cadastro no Programa Família Acolhedora e se inscreveu na fila da adoção.
Um dos requisitos do Programa Família Acolhedora é que os cadastrados não tenham interesse em adoção.
Em maio, quando estourou a crise no Abrigo Infantil de Maringá, Andreia já havia visitado o local, conhecia as crianças e até tinha manifestado interesse na adoção de crianças maiores, as que têm mais dificuldade de encontrar lares definitivos. [ouça o áudio]
10 crianças dormiram na casa de Andreia no dia da confusão no abrigo. Uma menina de 12 anos e dois irmãos de 10 e 8 anos, acabaram adotados pela família. Eles já estavam destituídos da família original e o processo foi legal e ágil. [ouça o áudio]
Passados três meses da “rebelião” no abrigo, as crianças adotadas estão bem e felizes. A família até mudou para uma casa maior. [ouça o áudio]
Na sessão legislativa de quinta-feira (4), o casal Jarletti recebeu o título de mérito comunitário. A proposta foi do vereador Lemuel. A primeira-dama Bernadete Barros, que acompanhou todo o trâmite da adoção, participou da homenagem. O Ministério Público faz campanha para estimular na sociedade a adoção de crianças maiores e adolescentes para que eles não precisem passar esta fase tão importante da vida institucionalizados em abrigos.