Família comemora última quimioterapia de Bento, bebê maringaense diagnosticado com câncer no fígado. Foto: Arquivo pessoal

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Família comemora última quimioterapia de Bento, bebê maringaense diagnosticado com câncer no fígado

Saúde por Ivy Valsecchi/GMC Online em 09/10/2023 - 19:05

Depois de longos sete meses de batalha, o maringaense Bento Fenato Coutinho, que nesta terça-feira, dia 10, completará 1 ano e 3 meses, foi submetido ao último ciclo de quimioterapia – foram onze no total. O bebê faz tratamento contra um câncer no fígado – conheça abaixo a história.

Desde antes de o doagnóstico ter sido confirmado, a mãe do bebê, Giovana Giorgi Fenato, empresária maringaense de 31 anos, tem compartilhado a rotina em sua página no Instagram – veja abaixo os stories publicados por Giovana em que compartilha as informações sobre a última quimioterapia do bebê.

Ela conta que após o diagnóstico de hepatoblastoma Bento ficou internado dois meses em Maringá, começou o tratamento, ficou mal e foi transferido para Curitiba, onde a família está desde junho, fazendo tratamento no hospital Erastinho. “E aqui o tratamento deu certo, a gente teve que alugar um apartamento, então a gente está morando aqui. O Bento internava, fazia as quimioterapias, tinha alta e vinha para o apartamento onde a gente está morando aqui agora. A gente não ficou todo tempo em Curitiba internados. Aí semana retrasada a gente precisou internar, porque o Bento teve muita reação da quimioterapia. Aí ele ficou bem, ficou uma semana internado, melhorou, e semana passada a gente fez a última quimioterapia, que a gente ficou dois dias internados só, internamos na quinta e na sexta de tarde a gente já saiu”, relatou Giovana ao GMC Online.

O bebê saiu do hospital com os pais após a última quimioterapia na última sexta-feira, 6, e foi recepcionado por dezenas de pessoas.

O Bento fez a cirurgia de retirada do tumor dia 31 de julho e agora finalizamos o ultimo ciclo de quimiterapia para honra e glória do senhor. Foram onze ciclos. Fizemos alguns antes da cirurgia para o tumor diminuir e agora depois da cirurgia que graça a Deus o tumor foi removios por completo a gente fez mais três ciclos para matar qualquer célula cancerígena que possa ter ficado no organismo dele e finalizamos sexta-feira, dia 6. A gente está muto feliz. Nosso sentimento é so de gratidão por tanta gente em oração por nós. Acredito que Deus tem nos honrado e escutado nossas orações”, diz a mãe do bebê.

Próximos passos

O próximo passo de Bento será se recuperar da última químioterapia e repetir exames de imagem, tomografia e ressonância, para confirmar a cura. “O protocolo de tratamento do Bento, para o tipo de tumor que ele teve no fígado, que é o hepatoblastoma, encerrou com essa última quimio. Mas para os médicos nos liberarem para voltar pra Maringá precisamos fazer esses exames de imagem, que os médicos vão fazer o pedido agora na quarta-feira. Aí depois que a gente fizer esses exames e eles confirmarem a remissão vão liberar a gente para voltar para Maringá. Aí vamos ter que vir uma vez por mês pra Curitiba para um acompanhamento que durar 5 anos, com intervalos que vão aumentando, de um mês para dois meses, três meses e assim por diante”, explica a mãe do bebê.

Veja o vídeo que mostra o bebê maringaense Bento deixando o hospital com os pais após a última quimioterapia

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A descoberta da doença

O bebê iniciou a batalha contra o câncer no dia 10 de abril, dia em que completou nove meses. Ele havia sido diagnosticado com um hepatoblastoma cerca de duas semanas antes.

Ao GMC Online, a mãe de Bento, Giovana contou como tudo começou. Segundo ela, no dia 27 de março, em uma consulta de rotina no pediatra, ela relatou que Bento não estava se alimentando e a barriga do bebê estava dura e inchada. “Ele pediu um ultrassom. Na terça, dia 28, estávamos com o diagnóstico e já sendo internados, pois o tumor estava grande. O câncer em bebê desenvolve muito rápido…não podíamos perder tempo! Nesse dia perdi o chão, até hoje parece que vou acordar desse pesadelo”, relatou.

Segundo Giovana, os principais sintomas da doença são aumento do abdômen, perda de peso sem motivo conhecido, perda de apetite, náusea, vômito, icterícia, febre e anemia. “Os que mais me fizeram perceber foram o abdômen crescendo e duro, a dificuldade na introdução alimentar, e nos últimos dias ele estava bem amarelinho”.

Giovana explica que o câncer não foi desenvolvido na gestação e não têm nenhum motivo específico. “Ele não nasceu com o tumor, desenvolveu depois. Esse hepatoblastoma geralmente é mais comum em crianças de baixo peso e que nascem prematuras, mas não é o caso do Bento”, diz.

Ainda antes de receber o diagnóstico, Giovana compartilhou na internet a expectativa da família.