Familiares contestam versão inicial sobre morte de jovem encontrado em fundo de vale em Maringá
Foto: Reprodução Plantão

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Familiares contestam versão inicial sobre morte de jovem encontrado em fundo de vale em Maringá

Segurança por Thiago Danezi/GMC Online em 21/11/2025 - 16:27

A família de Wellington do Nascimento Silva Gregorio, de 28 anos, contesta a hipótese inicial de acidente após o jovem ser encontrado morto na manhã de quinta-feira, 20, em um fundo de vale na Rua Rio São Francisco, no Jardim Dourados, em Maringá. O corpo foi localizado por um coletor de recicláveis, parcialmente submerso no córrego, em uma área conhecida como “7 metros”.

De acordo com a Polícia Militar, que isolou o local até a chegada do Corpo de Bombeiros, as primeiras análises da Polícia Científica apontavam a possibilidade de que Wellington tivesse caído de uma altura de cerca de oito metros, atingindo pedras antes de cair na água. O atestado de óbito, porém, indicou morte por asfixia mecânica (afogamento), com apenas um trauma no crânio.

Família afirma que queda é improvável
Nesta sexta-feira, 21, a tia e mãe de criação do jovem, Jaína Nascimento Silva, visitou o local onde o corpo foi encontrado e afirmou não acreditar que Wellington tenha sofrido uma queda acidental.

“Ele não caiu. Não tinha como cair de lá. Ele estava com alguém. Eu preciso de respostas, porque está tudo muito estranho”, disse. Segundo ela, o declive do terreno e a trajetória até o ponto onde o corpo foi localizado não sustentam a hipótese de acidente. “Eu fui até lá, fiz o teste. Ele não ia andar todo aquele trajeto para cair no barranco. Não tem sinal de escorregamento, não tem como.”

Além disso, Jaína destaca o desaparecimento da bicicleta que Wellington usava diariamente para ir ao trabalho e de um ventilador recém-comprado, que ele levava consigo antes de desaparecer. Ambos não foram encontrados no local.

A família também recebeu informações de que, na noite anterior ao desaparecimento, Wellington teria sido visto em um trajeto incomum, na região da Avenida Pedro Taques, acompanhado de outra pessoa. “A gente não sabe quem é essa pessoa. Precisamos descobrir quem estava com ele”, afirmou.

Ex-esposa também contesta hipótese de acidente
Claudedenira de França, ex-mulher do pintor e mãe de seu filho, reforçou que Wellington não tinha desavenças e era considerado uma pessoa tranquila, religiosa e dedicada à família.

“Ele não tinha briga com ninguém, não mexia com nada errado. Todo mundo só tem coisas boas pra falar dele”, relatou. Ela também descarta a possibilidade de queda. “Ele não caiu, ele estava com alguém. Essa pessoa poderia aparecer e nos contar. Só ela pode dar essa resposta.”

Emocionada, Claudedenira afirmou que busca justiça para poder explicar ao filho o que ocorreu com o pai. “Eu preciso ter uma resposta para dar pro meu filho. Ele era tudo para o Wellington. Agora eu vou ter que ser pai e mãe, e eu quero justiça por ele.”

Investigação permanece aberta
Embora a cena inicial indicasse um possível acidente, a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) mantém o inquérito aberto para esclarecer as circunstâncias da morte. O desaparecimento de objetos pessoais, a ausência da bicicleta e a análise do local levantam dúvidas que agora são consideradas no processo investigativo.

A família pede que o caso seja apurado com rigor e teme que, sem pressão, ele possa ser tratado como mais um acidente. “Eu peço que investiguem e não deixem passar em branco. Ele era um menino excelente. A história não está certa”, disse Jaína.

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