Moradores pedem retirada de ciclofaixa em avenida de Maringá
Foto: Reprodução

Reivindicação

Moradores pedem retirada de ciclofaixa em avenida de Maringá

Trânsito por Rafael Bereta/GMC Online em 28/10/2022 - 16:08

Moradores da Vila Esperança, Cidade Jardim e Jardim Nevada fizeram um abaixo-assinado pedindo a retirada da ciclofaixa na Avenida Pioneiro Alicio Campolina, entre a Rua João Dias e a Estrada Raimundo Ferreira, próximo à Universidade Estadual de Maringá (UEM).

Para eles, a implantação da ciclofaixa está em um local inapropriado que tem atrapalhado o comércio local. O documento foi entregue ao vereador Delegado Luiz Alves (Republicanos).

Uma das assinaturas no documento é firmado pelo professor Aparecido Damasceno, morador do bairro. Ele já recolheu mais de 200 assinaturas de moradores e lojistas. Segundo Damasceno, a maioria é de comerciantes insatisfeitos com a ação alegando que a faixa para bicicletas tirou vagas de estacionamento em frente aos comércios. “Sabemos da importância dessa mobilidade e não queremos causar dano aos ciclistas, mas pedimos que seja feito algo para ambos os lados”, conta.

O vereador delegado Luiz Alves recebeu o documento assinado em agosto de 2022. “Existe um movimento muito grande de pessoas que não aceitam a ciclofaixa. Por isso, nossa proposta é removê-la do local que os moradores têm pedido, mas implantá-la no canteiro central da avenida”, disse.

Segundo Alves, o assunto já foi conversado com à Câmara Municipal de Maringá e a intenção é positiva para organizar a mobilidade e o tráfego de automóveis e pedestres no local.

Nos últimos anos, Maringá tem investido ciclovias e ciclo-faixas. Hoje na cidade, há vários grupos que praticam o ciclismo. Para o ciclista Eduardo Simões, a remoção é grave e ruim para Maringá, indo contra a lei federal 12.587.

“A lei de mobilidade urbana prioriza os modais não motorizados em detrimento dos modais motorizados nas vias de circulação no logradouro de todas as áreas urbanas. Então, temos observado que essa ação se ocorrer vai descumprir três leis, uma em escala federal e duas em escala municipal. Acredito que seja um prejuízo muito grande pois, não conseguimos promover uma rede cicloviária e isso acaba colocando em detrimento a vontade de poucos para um maleficio da cidade como um todo”, aponta.

Em nota, a Prefeitura de Maringá, por meio da Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob), informa que as ciclovias são construídas conforme demandas da comunidade, debatidas em audiências públicas.

Leia a nota da prefeitura na íntegra

Durante toda a discussão do Plano de Mobilidade Urbana (PlanMob) – que durou três anos e incluiu quatro audiências públicas e uma conferência -, a demanda de retirada de ciclovias nunca foi pautada, seja por iniciativa popular ou da Câmara de Vereadores. Além disso, a aprovação do PlanMob na Câmara ocorreu sem que este tema entrasse na pauta.

Em relação à ciclovia da Avenida Pioneiro Alicio Arantes Campolina, a Prefeitura reforça que o projeto para execução da obra foi realizado na gestão anterior e não pôde ser alterado por já estar na fase final. Além disso, a construção da ciclovia foi uma exigência do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que é uma instituição internacional que pauta suas ações nas diretrizes mundiais e nacionais sobre a mobilidade urbana, e que financiou a obra.

Atualmente, Maringá tem 43 km de ciclovias. O objetivo da gestão municipal é chegar a 57 km até o fim de 2024. O PlanMob apontou que 52% dos ciclistas maringaenses usam a bicicleta pela economia proporcionada com deslocamento para o trabalho, 34% para ir para a escola, 8% por questões de saúde e forma física e 6% para lazer. As bicicletas correspondem a 6% dos deslocamentos em Maringá, o dobro da média nacional, que é de 3%. Nas audiências públicas, a população fez 139 sugestões em relação às ciclovias.

Conforme demanda da comunidade, já está em andamento o projeto da nova ciclovia da Avenida Tuiuti, que terá 4,4 km, e a reforma das ciclovias das avenidas Mandacaru e Pedro Taques, de 3,6 km e 3 km, respectivamente. Além disso, a ciclovia da Avenida Cerro Azul será prolongada até o Contorno Sul, chegando a 3,4 km, e a Avenida Pedro Taques terá prolongamento até o Conjunto Sumaré, com 1,7 km.

Acesse GMC Online

Quer enviar sugestão, comentário, foto ou vídeo para a CBN Maringá? Faça contato pelo WhatsApp (44) 99877 9550

Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

Respeitamos sua privacidade

Ao navegar neste site, você aceita os cookies que usamos para melhorar sua experiência. Conheça nossa Política de Privacidade