MP instaura procedimento para apurar fala do secretário de Saúde
Secretário de Saúde Jair Biatto | Foto: Divulgação/PMM/Arquivo

Notícia de fato

MP instaura procedimento para apurar fala do secretário de Saúde

Política por Victor Simião em 28/05/2020 - 15:41

Chamado de notícia de fato, procedimento irá pedir explicações a Jair Biatto. Pedido de investigação foi protocolado por um vereador.

O promotor Pedro Ivo, responsável pela Promotoria de Patrimônio Público do Ministério Público, em Maringá, instaurou um procedimento para apurar uma fala do secretário de Saúde municipal, Jair Biatto. O promotor assinou uma notícia de fato nesta quinta-feira (28). A medida é um procedimento que pede explicações ao secretário. O prazo para a resposta é de dez dias. A notícia de fato foi instaurada após o vereador William Gentil (PSB) protocolar no Ministério Público um pedido de investigação. 

No dia 21 de maio, Biatto disse na Câmara de Vereadores que a Prefeitura paga até três vezes mais na compra de produtos. [ouça no áudio acima]

O assunto repercutiu, foi criticado por parlamentares e Observatório Social. Na sexta-feira (22), Biatto explicou que não significava superfaturamento. O preço mais alto é resultado de muita demanda e da burocracia, disse. [ouça no áudio acima]

A afirmação mobilizou vereadores de oposição, que tentaram articular uma Comissão Parlamentar de Inquérito. Parlamentares da base do prefeito conseguiram agilizar mais assinaturas. Foram eles, daí, quem criaram uma CPI. O objetivo é apurar as compras dos últimos 12 meses na Secretaria de Saúde.

No pedido do vereador Gentil ao Ministério Público, o solicitação é de análise das compras desde 2017, início da gestão Ulisses Maia.

Após o Biatto responder a notícia de fato, o Ministério Público pode arquivar o procedimento se considerar clara a explicação. Se por acaso encontrar algum tipo de problema, pode instaurar inquérito civil público, resultando, por fim, em ação de improbidade administrativa. 

Como 2020 é ano eleitoral, a oposição se mobiliza para desgastar a imagem da gestão Maia. A base do prefeito, por sua vez, tenta controlar as críticas.  

A CPI já começou a funcionar. Um dos vereadores escolhidos, Dr Jamal (PSB), de oposição, pediu para sair, alegando falta de tempo por ser médico. Os outros membros são próximos a Ulisses Maia. 

Procurada, a Prefeitura de Maringá informou que não irá se manifestar sobre o assunto no momento.


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