Luana Possamai, mestranda em Ecologia de Ambientes Aquáticos Continentais na UEM. | Foto: Eduardo Domingos/CBN Maringá

Uma pesquisa em andamento do Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação em Emergências Climáticas (Napi-EC) projeta perda de até 84% no habitat da araucária até 2090 e alerta para impactos ambientais e econômicos no estado. A gralha-azul, ave responsável pela dispersão de suas sementes, também corre risco, com estimativa de perda de 41,74% das áreas adequadas.

Coordenado por uma equipe interdisciplinar de pesquisadores da UEM, UEL E UTFPR, o estudo mostra também que os impactos envolvem riscos socioeconômicos, como a redução da oferta de pinhão, que movimentou mais de R$ 20 milhões no Paraná apenas em 2022, de acordo com o Departamento de Economia Rural (Deral). Os pesquisadores desenvolveram softwares próprios baseados em aprendizado de máquina voltados à modelagem de distribuição de espécies e que permitem selecionar cenários climáticos com maior precisão e menor demanda computacional.

Luana Possamai, mestranda em Ecologia de Ambientes Aquáticos Continentais na UEM, é uma das pesquisadoras envolvidas e diz que, além de prever impactos, o estudo identifica os chamados refúgios climáticos, áreas que devem permanecer propícias ao desenvolvimento das espécies mesmo sob alterações severas no clima.

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