Patrícia Fernandes da Silva tinha 31 anos, uma filha de 9 anos, Emanuele; e ganhou Davi no dia 7 de dezembro em Umuarama.
O parto de Davi foi cesárea.
Logo após a cirurgia, no quarto, Patrícia começou a sentir fortes dores.
A irmã Paloma, diz que Patrícia gritava de dor. [ouça o áudio]
Mesmo sentindo dores, Patrícia teve alta hospitalar no dia 9 de dezembro.
A família é de Cruzeiro do Oeste e procurou atendimento de saúde na cidade porque Patrícia só piorava. [ouça o áudio]
De volta ao hospital onde Davi nasceu, Patrícia fez uma tomografia, que indicou uma perfuração no intestino.
Foi feita uma cirurgia de emergência, Patrícia foi para a UTI, mas não resistiu e morreu no dia 13 de dezembro, de infecção generalizada. [ouça o áudio]
Um dia antes a família havia registrado queixa na Polícia Civil contra o hospital por omissão e lesão corporal gravíssima.
Segundo a família, além de dar alta sem descobrir a causa de tanta dor que a paciente sentia, o hospital teria permitido que a cesárea fosse realizada por uma residente médica sem supervisão. [ouça o áudio]
A Polícia Civil informou por meio de nota que já adotou as providências cabíveis e vai instaurar um procedimento investigatório para esclarecer os fatos. A polícia irá ouvir os depoimentos dos profissionais envolvidos e irá requisitar os prontuários médicos.
Em nota, o Hospital Norospar lamentou a morte da paciente, informou que “o procedimento apresentou alto grau de complexidade, em razão de antecedentes cirúrgicos relevantes, incluindo gestação ectópica prévia e cesariana anterior” e acrescentou que no pós-operatório “a paciente permaneceu sob acompanhamento clínico e assistencial, sendo submetida a avaliações médicas seriadas e exames compatíveis com os sintomas apresentados naquele momento”.