Operação Transparência prende major da Polícia Militar
Imagem Ilustrativa | Foto: Divulgação/MP/arquivo

Maringá

Operação Transparência prende major da Polícia Militar

Segurança por Luciana Peña em 24/09/2025 - 08:32

Os núcleos de Umuarama e Maringá do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) cumpriram nessa terça-feira (23) um mandado de prisão contra o major Alexandro Gomes, da Polícia Militar do Paraná.

Também foram cumpridas ordens de bloqueio de bens no valor de R$ 344 mil.

A operação dessa terça-feira é um desdobramento da Operação Zero Um, que investiga o suposto uso da função para obtenção de vantagens indevidas por parte do oficial.

O major chegou a cumprir prisão domiciliar, mas agora foi preso preventivamente.

A investigação teve início em setembro de 2024 e, segundo o Ministério Público, a apuração obteve evidências de que o oficial realizava de forma sistêmica a cobrança e o recebimento de propinas.

A denúncia foi recebida pela Justiça e corre na Vara da Auditoria da Justiça Militar, em Curitiba.

A CBN entrou em contato com a defesa do major e aguarda um retorno.

(Atualizado às 9h22): A defesa do investigado considerou a prisão desproporcional. Confira a nota enviada à redação:

“A defesa do Major Alexandro Marcolino, por meio da presente nota, vem
a público reafirmar seu compromisso com a verdade, com a legalidade e com
a preservação das garantias fundamentais asseguradas pela Constituição da
República. A prisão cautelar decretada contra o Major Alexandro Marcolino mostra-
se medida desproporcional e inadequada ao atual estágio processual,
representando afronta ao princípio da presunção de inocência (art. 5º, LVII,
CF/88), garantia que constitui um dos pilares do Estado Democrático de
Direito. É imprescindível destacar que a prisão preventiva não pode ser utilizada
como antecipação de pena ou como instrumento de coação. Sua aplicação
somente se legitima em hipóteses de comprovada necessidade, devidamente
fundamentadas, o que não se verifica no caso em tela.

Cumpre ainda ressaltar que o Major Alexandro Marcolino, ao longo dos
26 anos de sua carreira, sempre pautou sua conduta pela disciplina, pelo
respeito à lei e pela dedicação ao serviço público.

A decisão que lhe impôs a custódia cautelar gera reflexos não apenas
em sua vida pessoal, mas também em sua família, que atualmente enfrenta
sérias dificuldades com sua ausência, agravando o sofrimento de seus entes
queridos diante de uma medida que não encontra amparo na
proporcionalidade exigida pela ordem jurídica.

A defesa manifesta sua confiança nas instituições de Justiça, convicta
de que a análise serena e técnica dos fatos conduzirá à revisão desta decisão,
restabelecendo-se a liberdade do Major Alexandro Marcolino e reafirmando-se
o compromisso da sociedade com os valores constitucionais”

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