Opinião
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Você é daqueles que pede desculpa o tempo todo? Livros especializados em comportamento humano consideram que esta atitude é um erro. Será?
Há livros e artigos que tratam do tema com os mais diferentes títulos. Considerando que pedir desculpas é uma humilhação ou uma forma desnecessária e prejudicial a imagem pessoal.
Os que associam o pedido de desculpa ao fracasso, afirmam que pedir desculpas demonstram submissão. Os fortes e poderosos raramente pedem desculpa.
Porém um estudo da Havard Business School vai contra esta lógica e demonstra que o pedido de desculpas gera empatia. Pessoas são capazes de ceder a um pedido ou serem mais empáticas e influenciadas por quem pede desculpas.
Feita por Alison Wood Brooks, o experimento foi feito com pessoas que estavam em uma estação do metrô e foram abordadas por uma pessoa que pediu o celular emprestado. 91% dos que foram abordados se negaram a emprestar.
Porém, quando o pedido de emprestar foi antecedido por um pedido de desculpas, as coisas mudaram, metade cedeu e emprestou o aparelho. Claro que o levantamento vai além disso. Mas é uma demonstração de que pedir desculpas gera empatia.
O levantamento também mostra que as pessoas que pedem desculpas são consideradas menos arrogantes e preocupadas com os semelhantes. Aqueles que assumem seus erros demonstram potencial de mudança, resiliência e respeito pelo próximo.
Se for uma prática automática, quase um tique-nervoso, um hábito corriqueiro e associado as mais diferentes situações, tende a ser banalizado. E o que é banalizado não é valorizado. A velha história de que se dá valor a escassez possivelmente funcione aqui.
Ninguém deve pedir desculpas porque cuida de sim, porque fala a verdade ou porque tem sucesso na vida. Não somos obrigados a pedir desculpa pela existência. Somos sim, responsáveis pelos nossos atos, e quando ele fere alguém, prejudica outra pessoa, colabora com algo que fere os outros, o pedido de desculpa vale.
Porém, sinceramente, prefiro o defeito de quem sempre pede desculpas do que a arrogância daquele que considera que não deve nada a ninguém e de que os outros que suportem a sua presença.
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