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No fim do ano passado, a consultora de negócios Letícia Albuquerque perdeu a irmã Paula Rodrigues Albuquerque, de apenas 25 anos. Após uma torção no pé, que causou um inchaço no local, a saúde piorou. Os médicos constataram trombofilia pulmonar. Foram 5 paradas cardíacas. Por fim, a morte cerebral foi constatada. Num momento tão triste, a família teve forças para tomar uma decisão delicada: doar os órgãos da jovem. De acordo com Letícia, as campanhas de conscientização ajudaram a tomar a decisão. [ouça o áudio acima]
De Paula foram retirados órgãos como pâncreas, fígado, córneas e as válvulas do coração. Os transplantes foram realizados nos dias seguintes. Pessoas que estavam na fila de espera e que, com uma atitude generosa, puderam continuar com a chance de viver.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, em 2019, mais de 27 mil transplantes foram realizados no Brasil. O País conta com o maior sistema público de transplantes do mundo. Do total, 95% dos procedimentos são realizados com recursos públicos. Porém, em 2020, por causa da pandemia, houve queda de transplantes.
No Paraná, de janeiro a abril, 61% dos doadores foram homens e 39% mulheres. Houve o registro de 501 mortes e 198 doações de órgãos. Setenta e sete famílias não autorizaram a doação e em 158 casos houve contra indicação clínica. Na regional de Maringá, que é uma das Organizações de Procura de Órgãos (OPO'S) foram registradas 88 mortes e 40 autorizações de transplantes. Em 33 casos os órgãos não puderam ser retirados por questões clínicas e oito famílias não autorizaram a doação.
Outro dado importante é que, de janeiro a abril, foram realizados no estado seis transplantes de coração, 119 de fígado e 162 transplantes de rins. A lista de espera por um órgão é de 2.891 pessoas.
De acordo com a coordenadora do Sistema Estadual de Transplantes, Juliana Ribeiro Giugni, é importante avisar a família de que você é um doador de órgãos e que vidas podem ser salvas. [ouça o áudio acima]
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