Feriado da Consciência Negra em Maringá é rejeitado na Câmara

O texto do projeto era assinado em conjunto pelos vereadores Professora Ana Lúcia (PDT), Adriano Bacurau (Rede), Belino Bravin (PSD) e Doutor Manoel (PL). Proposta recebeu 5 votos favoráveis e 6 contrário.

O projeto que cria o feriado municipal do Dia da Consciência Negra, em 20 de novembro, foi votado em primeira discussão e rejeitado com a diferença de um voto na Câmara de Maringá. O texto recebeu 6 votos contrários, 5 favoráveis e 1 abstenção, do presidente da Câmara, Mário Hossokawa.

Votaram contrários ao novo feriado municipal os vereadores Alex Chaves, Altamir da Lotérica, Onivaldo Barris, Paulo Biazon, Rafael Roza e Sidnei Telles. Já os vereadores Adriano Bacurau, Belino Bravin, Dr. Manoel, Mario Verri e Professora Ana Lúcia foram favoráveis ao projeto. Os vereadores Delegado Luiz Alves, Maninho e Cris Lauer estiveram ausentes da sessão desta terça-feira.

Antes da votação, perante um plenário lotado, fizeram uso da palavra os vereadores Adriano Bacurau, Ana Lúcia Rodrigues e Doutor Manoel, que assinavam o projeto, além de Paulo Biazon, que em seu discurso relatou ter vários amigos presentes na sessão entre aqueles que pediam pela aprovação e disse ser neto de uma mulher negra que foi abusada sexualmente por um homem branco, no entanto, votou contra o feriado e, por isso, após o resultado, foi duramente criticado por representantes da comunidade negra. O vereador explica o voto. [ouça o áudio acima]

Assim como o vereador Doutor Manoel já havia afirmado, a vereadora Ana Lúcia diz que deve voltar a apresentar o projeto no ano que vem. [ouça o áudio acima]

Gislaine Gonçalves, presidente do Conselho de Promoção à Igualdade Racial, diz que se o projeto voltar no próximo ano, a mobilização para que ele seja aprovado deve permanecer. [ouça o áudio acima]

A Associação Comercial e Empresarial de Maringá (Acim) havia entregado ao presidente do Legislativo um documento assinado por mais de 50 entidades contrárias à criação de mais um feriado municipal. O presidente da Acim, José Carlos Barbieri, diz que as entidades são contrárias a qualquer feriado porque o fechamento de atividades econômicas implica na redução da competitividade das empresas. No entanto, afirmou que as entidades de classe estão abertas a auxiliar na promoção de atividades que combatam o racismo. [ouça o áudio acima]

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