Após tragédia, médico orienta: bebê dormindo na cama dos pais é um risco iminente
Imagem ilustrativa/Foto: Pixabay

Alerta

Após tragédia, médico orienta: bebê dormindo na cama dos pais é um risco iminente

Saúde por Evandro Mandadori/GMC Online em 23/05/2022 - 18:09

Maringá registrou uma tragédia no Jardim Ebenezer, no sábado (21), com a morte de um bebe de apenas 2 meses, que pode ter sido esmagado ou sufocado pelos próprios pais, que colocaram o filho para dormir junto com eles durante a noite. Quando o socorro foi acionado, nada pôde ser feito, pois o filho já estava sem vida.

A Polícia Civil abriu um inquérito para apurar o caso e os pais podem responder por homicídio culposo, quando não se tem a intenção. Observadas as circunstâncias, o juiz pode decretar um “perdão judicial”, segundo delegado Adriano Garcia, que não está afrente do caso, mas respondeu a equipe do GMC Online sobre os trâmites judiciais.

“Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as consequências da infração atingirem o próprio agente (os pais nesse caso) de forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária. Ou seja, quando o investigado é tão prejudicado que uma punição se torna uma medida exagerada”, afirmou Adriano Garcia.

Já o médico intervencionista do Samu, com anos de experiência, Maurício Lemos, alerta sobre os cuidados e não recomenda colocar o filho na mesma cama dos pais.

“A perícia vai definir o que houve, com muita responsabilidade. Mas essa prática é muito perigosa, não coloque seu bebê no meio da cama ou para dormir com o pai e a mãe, principalmente nessa faixa etária dos primeiros anos de vida. Seu bebê tem que estar em um berço ao lado com segurança”, afirmou o médico.

A polícia aguarda o resultado dos exames realizados pelo Instituto Médico Legal (IML) para especificar no inquérito com exatidão o que teria ocorrido. Porém, conforme os registros mais frequentes, nesses casos pode ter ocorrido um sufocamento provocado pelos pais, quando estavam em um sono pesado, ou seja, de forma não intencional.

“Reforçamos isso a população a literatura (os estudos) apontam que há risco grande de morte quando isso ocorre. Tem um estudo americano que aponta que cerca de 3.500 crianças em um curto período de tempo morreram em decorrência disso. Lamentamos muito o que aconteceu e tem que pegar pesado na prevenção”, afirmou o médico.

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