Entre o essencial e o superficial
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Opinião

Entre o essencial e o superficial

O comentário de Gilson Aguiar por Gilson Aguiar em 06/06/2019 - 08:02

Será que sabemos a diferença daquilo que realmente necessitamos e o que consideramos supérfluo? De forma imediata sim, todos consideram que sabem. Contudo, uma grande maioria vive um mundo de superficialidade e se atém a detalhes que não fazem muita diferença no destino de nossas vidas.

Estamos acostumados a transformar a superficialidade em grandes temas por não conseguirmos perceber, lidar e resolver as grandes questões. Assim, nosso tempo se gasta com as temáticas que pouca diferença faz em nosso destino. Não nos habilitamos para lidar com o que é essencial, ficamos no superficial.

Nossa limitação em analisar o que somos, onde estamos e o que estamos vivendo acaba por condenar nossas escolhas. A fragilidade dos argumentos e a pouca habilidade de lidar com os debates fazem de nossas posturas um radicalismo impensado. Agimos mais pelo impulso do que pela coerência lógica dos atos, tendo consciência das consequências em longo prazo.

Nos falta conhecimento. Não somos educados de forma científica e técnica para lidar com a vida. Mesmo os que frequentaram por muitos anos os bancos de escola não têm a habilidade de lidar com a vida como um projeto de longa duração. Planejar os passos dados, viver de forma a construir ao longo do caminho um destino mais seguro ou pelo menos que não seja fruto do acaso e sim dos nossos interesses.

Esta análise serve para os temas políticos, econômicos, sociais ou da vida pessoal em todos os seus aspectos. Se temos uma consciência lógica do que nos cerca e compreendemos o nosso papel dentro deste contexto, logo, as decisões governamentais, por exemplo, ficam mais claras como consequência e ação. Sei o que pode ou não gerar na minha vida uma decisão do poder estatal.

Medidas de governos passam a ser avaliadas com mais amplitude. Se tenho conhecimento científico, lógico e o utilizo para analisar os fatos que me dizem respeito, sou um bom avaliador das decisões que tomam e me dizem respeito. Sou consciente dos seus efeitos. Sei diferenciar o imediatismo da decisão pensada e com responsabilidade de resultados mais duradouros.

Por isso, temos que nos educar. Não só com o conhecimento formal, acadêmico, mas com tudo o que ele pode nos dar para compreendermos o que estamos vivendo e como podemos agir para atingirmos nossos interesses. Temos mais responsabilidade em nossos atos, em tudo o que ocorre que está relacionado a nós e a quem nos relacionamos. Por isso, busque conhecimento, racionalidade, ciência e principalmente coerência.

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