Flim termina com debates envolvendo minorias
Victor Simião/CBN Maringá

Festa

Flim termina com debates envolvendo minorias

Cultura por Victor Simião em 25/11/2018 - 23:00

Festa Literária Internacional de Maringá se encerrou neste domingo (25). Teve comercialização de livros, bate-papos e lançamentos. Evento durou cinco dias. 

A quinta edição da Flim, a Festa Literária Internacional de Maringá, terminou neste domingo. Organizada pela prefeitura de Maringá, por meio da secretaria de cultura, o evento começou no dia 21 deste mês. O tema escolhido para a festa foi “Resistências”. Todas as atividades foram gratuitas, e ocorreram ao lado do estádio municipal, na região central do município.

Nos últimos dias do evento os destaques foram temas envolvendo minorias. A última mesa da Flim foi com o escritor João Silvério Trevisan. Ele é o autor de livros como “Devassos no Paraíso – a história da homossexulidade no Brasil”, e “Pai, Pai” , um romance autobiográfico que trata sobre a relação dele com o pai. Trevisan, de 74 anos, falou sobre questões envolvendo a população LGBT . João Silvério Trevisan elogiou a Flim por ter abordado um tema que deve atingir cada vez mais um número maior de pessoas.

Desde o início da Flim, foram discutidos temas como literatura feita por pessoas negras e a pela população indígena. A programação contou com cerca de 50 autores, nomes nacionais, regionais e locais, além de um internacional. As mulheres também foram destacadas na programação. Na sexta-feira, a professora e escritora Márcia Tiburi falou sobre feminismo e lite. Candidata ao governo do Rio de Janeiro pelo PT em 2018, a vinda dela a Maringá foi criticada por movimentos de direita por conta pela filiação partidária que ela tem. Houve reforço na segurança no dia da palestra da autora, mas nenhum incidente aconteceu

No sábado, a escritora argentina Selva Almada participou da Festa. Ela é autora do livro “Garotas Mortas”, publicado neste ano pela editora Todavia, que aborda três casos de feminicídio na Argentina. Na avaliação da autora, a leitura é uma forma de lutar contra o machismo.

Muita gente aproveitou o domingo para visitar a festa. Foi o caso da química Flávia Estevanato.

Ela comprou um livro para o filho, o Bernardo Borges, de cinco anos, que gostou muito do presente.

Para o secretário municipal de Cultura, Miguel Fernando Perez, a Flim cumpriu com o objetivo esperados: o de fazer Maringá respirar literária por pelo menos cinco dias. 50 mil pessoas passaram pelo local.

Para quem trabalhou ao longo do evento, valeu. O representante de uma distribuidora de Curitiba Marcos José afirmou que só a sexta-feira, com chuva, atrapalhou o movimento.

A Flim também teve comercialização de livros e fomentou a leitura. Cerca de cinco mil vales foram distribuídos em escolas publicas da cidade. Os valores variaram de 5 a 15 reais. Escritores também visitam escolas e conversarmos com jovens.

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