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Justiça do Paraná barra tentativa de recuperação judicial após irregularidades
Conteúdo de marca por Redação em 06/11/2025 - 08:30A tentativa de levar as empresas Baxi Foods e Nutri Agroindústria à recuperação judicial (RJ) no Paraná foi suspensa pela Justiça após o Fundo Agri Brazil expor uma série de irregularidades no processo. As empresas, que integram o núcleo de controle econômico da família Randon Rossato, “foram desmembradas do Grupo Safras como parte de uma estratégia para ocultar ativos e afastá-los do alcance de credores”, destacou o Fundo Agri Brazil.
Localizadas em Maringá, Apucarana, Cascavel e Engenheiro Beltrão, as unidades atuam nos segmentos de armazenamento de grãos, esmagamento, ração e trading, mas foram transferidas para o grupo Randon (ligado à ex-esposa de Dilceu Rossato) antes do colapso financeiro do conglomerado em Mato Grosso. A manobra espelha o que já havia sido feito no estado: divisão societária, blindagem patrimonial e deslocamento das operações para outros CNPJs controlados por membros da mesma família. No dia 22 de outubro de 2025, a diretora das empresas, Marciane Rech Vizentim, convocou assembleias extraordinárias com o objetivo de aprovar o pedido de recuperação judicial. Porém, o Fundo Agri Brazil ingressou com ação demonstrando vícios formais e materiais na convocação, além de indícios de que a operação visava apenas afastar credores e preservar o patrimônio dos controladores. Diante das evidências, a Justiça suspendeu o procedimento e impediu que a manobra avançasse. A tentativa de recuperação judicial no Paraná não é um ato isolado, mas parte de um plano sucessivo de blindagem patrimonial liderado por Dilceu Rossato (ex-prefeito de Sorriso/MT), seu sócio Pedro de Moraes Filho, a família Randon e interlocutores que atuam como sócios ocultos. “As mesmas pessoas que dizem não ter condições de pagar funcionários, fornecedores e bancos, seguem mantendo padrão de vida de luxo e deslocando ativos entre empresas e estados para evitar o alcance da Justiça”, afirma a representação judicial apresentada. A movimentação no Paraná ocorre após a Justiça de Mato Grosso afastar Dilceu Rossato, Pedro de Moraes Filho, Cátia Randon e demais controladores do Grupo Safras, determinando a indisponibilidade de bens diante de fortes indícios de fraude, ocultação patrimonial e desvio de ativos que somam bilhões de reais. O caso ganhou novos contornos quando veio à tona que, enquanto alegavam crise financeira para justificar a recuperação judicial, membros do grupo utilizavam aeronave executiva avaliada em cerca de R$ 5 milhões e mantinham um padrão de gastos incompatível com a narrativa de insolvência. Para os credores — que incluem produtores, instituições financeiras, fornecedores e trabalhadores — a atuação do Fundo Agri Brazil foi decisiva para impedir que os mesmos ativos fossem novamente blindados por meio de um processo judicial viciado. Com a suspensão da assembleia, as empresas permanecem em atividade e seguem sob contestação jurídica, sem autorização para ingressar em recuperação.
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