A médica Fatima Darman, de 34 anos, se viu obrigada a deixar o Afeganistão com o marido e os dois filhos em 2022, buscando refúgio devido à situação política e de segurança agravada após a retomada do poder pelo Talibã.
A família seguiu para o Paquistão, onde permaneceu por cinco meses, até conseguirem um visto humanitário e seguirem para o Brasil.
A escolha do país se deu por conta de uma colega de trabalho de Fatima, uma psicóloga brasileira que atuava na mesma clínica e indicou que a refugiada viesse para Maringá, onde alguns amigos podiam ajudar a família nesse recomeço. A primeira barreira a ser vencida foi a língua. [ouça o áudio acima]
Na cidade há quase três anos, a médica e o marido, que é cirurgião pediátrico, entraram no mestrado na Universidade Estadual de Maringá e, para complementar a renda, somando à bolsa que recebem, atuam como tradutores.
O próximo desafio é passar pelos processos necessários para regularizarem a documentação e poderem exercer a medicina. Os dois já passaram pela primeira etapa do Revalida, o Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos, e se preparam para a segunda parte da prova. [ouça o áudio acima]
O diretor do Escritório de Cooperação Internacional da Universidade Estadual de Maringá, professor Marcio Cassandre, cita o casal de médicos como uma das muitas ações da UEM voltada aos refugiados. [ouça o áudio acima]