CBN Maringá

A lição é simples, quem sabe ganhar aprendeu a perder. O requisito fundamental de quem tendem a vencer é o dessabor de saber o gosto da derrota e principalmente a sua digestão. Não há eternos vencedores. O que reclamam e não aceitam a derrota são fracos e mimados.

Hoje, como sempre, as grandes causas são defendidas e conquistadas de longas lutas. Ardor e calos nas mãos fazem o merecedor da glória. A humildade não é humilhação, mas entender que a vitória é menos importante do que a manutenção da causa pelo que se luta.

O país hoje vive um péssimo hábito de não saber lidar com as derrotas e reconhecer a vitória. A prática se entende pela geração que está hoje na maturidade e foi criada em tempos de excesso, pelos que nunca ou pouco sentiram a falta e a privação.

A mente curta, que tem como medida da vida a própria existência cria mentes tolas, que por isso são intolerantes. Apaixonados pela pobreza de seu raciocínio que de frágil só pode  ser discutido com os que por cegueira coletiva abraçam a tolice. O radicalismo não é a convicção do que se entende como verdade, mas a miopia que pouco enxerga e, por isso, condena o que não vê e não reconhece a existência.

O problema nunca foi posturas, ideias, opiniões, perspectivas e comportamentos diversos. Não há nada de errado na diferença, há um profundo erro na intolerância. O problema está em desejar eliminar o que não parece espelho. Acabar com o que não reflete a si mesmo.

Ninguém melhora diante de si mesmo, é preciso ter o outro, a diferença como medida. Quando vamos aprender isso?

 

Baixe o áudio