Ouça "A Semana na História" toda segunda-feira, com o professor e historiador Reginaldo Dias, às 11h50, com reprises às 14h50
A semana na História
Há oitenta anos, ocorria o final da Segunda Guerra Mundial. Iniciado em setembro de 1939, esse grande conflito militar, como apontou o historiador Francisco Ferraz, do programa de pós-graduação em História da UEM, envolveu o mundo todo, e não apenas as partes litigantes, atingindo quem estava nos campos de combate e também a população civil que se encontrava distante deles. Foi a guerra que produziu mais mortos, cerca de 80 milhões de pessoas. Nos tempos modernos, foi a guerra em que morreram mais civis do que combatentes, atingidos por bombardeios (o que inclui o uso de bombas atômicas) ou vitimados em campos de concentração e extermínio. Foi uma verdadeira carnificina.
A rendição da Alemanha nazista, ocorrida entre 7 e 9 de maio de 1945, significou o fim da guerra na frente ocidental. Persistia, porém, a guerra em sua frente oriental, no oceano Pacífico, em razão da resistência do Japão, o último dos países da aliança conhecida como Eixo, que incluía a Alemanha e a Itália, que não havia sido derrotado.
A capitulação da Alemanha e o fim dos combates na Europa ensejaram que os Estados Unidos, a União Soviética e a Inglaterra, as potências que se aliaram contra o Eixo, promovessem em Potsdam, nas cercanias de Berlim, uma conferência para administrar o espólio da guerra e desenhar a nova geopolítica mundial que nascia dos escombros do terrível conflito. O evento ocorreu de 17 de julho a 2 de agosto de 1945.
Essa foi a terceira conferência entre os líderes dos Estados Unidos, da Inglaterra e da União Soviética para debater temas relacionados. A primeira conferência havia ocorrido em Teerã, no final de novembro de 1943. Embora a guerra estivesse em seu curso, os aliados estavam em vantagem e era possível presumir que seriam os vencedores. Entre outros temas acerca das operações para vencer a guerra, já houve discussão sobre a desnazificação e a desmilitarização da Alemanha e a divisão de seu território.
A segunda conferência havia ocorrido em Yalta, em território soviético, em fevereiro de 1945. Os debates contemplaram ações para o fim iminente da guerra e o desenho das áreas de influência que as potências vitoriosas iriam liderar após o fim do conflito.
Em Potsdam, já com a capitulação da Alemanha e o fim do conflito na Europa, a pauta contemplou, além da implementação das decisões da conferência anterior, o fim da guerra na frente do Pacífico. Acima de tudo, avançou-se no desenho da geopolítica do pós-guerra, ou seja, na divisão do mundo em áreas de influência entre os vencedores. Essa divisão em áreas de influência tinha espectro mais amplo, mas atingiria, prioritariamente, o território alemão, fragmentado em áreas de ocupação.
No entanto, por causa de deterioração da relação entre os vencedores, gerada por seus conflitos de interesses, sabe-se que esse seria o embrião da geopolítica da assim chamada Guerra Fria, a polarização estratégica entre os EUA e a União Soviética, que marcaria o mundo nas décadas seguintes.
A Segunda Guerra Mundial, contudo, só foi encerrada em agosto de 1945, após a capitulação do Japão. No desfecho, como se sabe, os EUA utilizaram a mais mortífera arma já conhecida, a bomba atômica, lançada sobre as cidades de Hiroshima e Nagasaki. Esse é o tema do nosso próximo encontro.
Ouça "A Semana na História" toda segunda-feira, com o professor e historiador Reginaldo Dias, às 11h50, com reprises às 14h50
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