“Hoje eu não sobreviveria”, diz um dos primeiros pacientes internados numa UTI
Foto: Arquivo/Agência Brasil | Arte: Victor Ramalho/CBN Maringá

Série “Um ano da pandemia do coronavírus”

“Hoje eu não sobreviveria”, diz um dos primeiros pacientes internados numa UTI

Reportagens Especiais por Luciana Peña em 16/03/2021 - 08:24

Na segunda reportagem da série sobre o coronavírus, vamos falar sobre os recuperados da doença. São milhares de pessoas. A maioria apresentou sintomas leves ou moderados. Mas há aqueles que lutaram dias e meses a fio pela vida num leito de hospital.

A ciência aprendeu sobre o novo coronavírus com a pandemia em andamento.

Apesar das imagens de hospitais lotados, de gente morrendo na porta de unidades de saúde ou em casa, como se viu em muitas cidades brasileiras, 90% dos infectados pelo coronavírus são assintomáticos ou desenvolvem sintomas leves da doença.

Em Maringá, até o fim da semana passada eram quase 30 mil recuperados da doença.
O infectologista Luiz Jorge Moreira Neto explica que a reação do organismo ao invasor depende da genética e da carga viral adquirida durante a contaminação. [ouça o áudio acima]

Isso explica porque algumas pessoas nem percebem que estão com o vírus e outras lutam pela vida durante meses.

Um símbolo desta luta foi o primeiro paciente com coronavírus internado na UTI do Hospital Municipal de Maringá.

Em boa forma física e de saúde, o ex-secretário municipal Eudes Januário, achou que estava apenas gripado quando sentiu os primeiros sintomas. Ficou 50 dias internado. 20 dias entubado. E sofreu duas paradas cardíacas.[ouça o áudio acima]

O momento mais difícil, não para ele que estava inconsciente, mas para a mulher e os dois filhos, foi o dia em que o hospital chamou a família para o que seria uma espécie de despedida.[ouça o áudio acima]

Eudes levou 80 dias para se recuperar, mas ficou com sequelas: perdeu a audição de um dos ouvidos.[ouça o áudio acima]

O infectologista Luiz Jorge Moreira Neto diz que muitas sequelas foram diagnosticadas neste um ano de pandemia e a ciência ainda nem sabe qual a real dimensão dos estragos provocados pelo coronavírus no organismo. [ouça o áudio acima]

Cuidar para que o vírus fique bem longe é um gesto de amor à quem está perto da gente, e à coletividade. Ainda mais num momento tão dramático como este, com hospitais lotados e equipes médicas sobrecarregadas.[ouça o áudio acima]

Na próxima reportagem vamos contar as histórias de profissionais da saúde, soldados na linha de frente do combate ao coronavírus. Muitos morreram nesta guerra.

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