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A Justiça aceitou a denúncia oferecida pelo Ministério Público contra o vereador de Cianorte Rafael Araújo e outras três pessoas.

O grupo é acusado de falsificar produtos para emagrecer.

Segundo o Ministério Público, os acusados anunciavam em sites na internet produtos naturais para emagrecer.

Mas as embalagens eram falsificadas e os produtos adulterados.

Nenhum componente natural era utilizado nas fórmulas.

Em vez disso, os denunciados utilizavam substâncias que só podem ser consumidas com prescrição médica porque são controladas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Entre as substâncias de uso controlado estão antidepressivos e para tratamento de disfunção erétil.

As substâncias vinham de Goiás pelos Correios e eram manipuladas em ambiente precário, sem qualquer controle sanitário.

O vereador e os outros acusados, entre eles um irmão do parlamentar, foram presos em outubro deste ano na Operação Fake Fitness, da Polícia Civil.

Eles respondem por crimes contra a saúde pública, falsificação, adulteração e organização criminosa.

O vereador foi liberado da prisão e atua normalmente na Câmara Municipal de Cianorte.

Na sessão ordinária de segunda-feira (1º) ele estava presente.

A CBN tenta contato com a defesa do vereador.

(Atualizado às 09h52): A defesa do vereador enviou uma nota à redação da CBN:

“A defesa do vereador Rafael Araújo e seu irmão Rodrigo informa que ainda não teve acesso ao teor da denúncia eventualmente protocolada pelo Ministério Público, tampouco foi formalmente comunicada sobre sua aceitação pelo Juízo Criminal. Caso tal recebimento tenha ocorrido, esclarece-se que esse ato não representa qualquer juízo de valor do Poder Judiciário sobre as acusações apresentadas, constituindo-se apenas na fase inicial de instauração do processo penal, momento em que, a partir de então, dar-se-á a apuração dos fatos narrados. A defesa reitera sua plena confiança na Justiça e reafirma a convicção de inocência do vereador Rafael Araújo e seu irmão, a qual será demonstrada durante a regular instrução criminal, com a análise completa das provas e o exercício pleno do contraditório e da ampla defesa.”