

Opinião
Além do Consumo: Redescobrindo o Significado da Vida na Sociedade
O comentário de Gilson Aguiar por Gilson Aguiar em 19/06/2025 - 08:00
O Enigma da Existência: Consumo ou Propósito?
Para que realmente vivemos? Qual é o verdadeiro significado de uma vida? Em nossa sociedade contemporânea, parece que a resposta para muitos se inclina perigosamente para o consumo. Adquirir objetos, buscar novas experiências e sensações tornou-se, para alguns, a própria essência da existência. Como apontou o renomado pensador e antropólogo francês Jean Baudrillard, estamos imersos em uma sociedade de consumo onde a simbologia dos objetos dita a própria essência de nossas vidas.
Baudrillard, em suas análises profundas, sugeriu que nossa relação com o mundo se inverteu: não somos mais os sujeitos que usam os objetos para suprir necessidades, mas nos tornamos uma extensão do que os objetos significam. Consumir, até o último dia, parece ser o imperativo. Mas será que uma vida se resume apenas a isso? Será que a totalidade de nossa existência pode ser medida em bens e serviços acumulados?
A Construção do Ser: Valores e Legado
A resposta, sem dúvida, é não. A existência humana deve ir além da mera acumulação material. A construção do ser humano demanda princípios, valores e uma busca que transcende o individual, estendendo-se também aos outros. Em nossa sociedade, as sensações efêmeras parecem ter um peso muito maior do que a essência duradoura. Isso nos remete à filosofia de Platão, que já alertava sobre estarmos imersos em um mundo de aparências, muitas vezes confundindo-o com a própria realidade.
No entanto, a verdadeira realidade do ser humano é uma construção ativa. É por meio das atitudes que tomamos e das interações que estabelecemos que podemos moldar não apenas nossa própria condição, mas também a condição daqueles ao nosso redor. Viver para deixar um legado – algo que permaneça, mesmo após nossa partida – parece ser um propósito fundamental e necessário.
O Propósito Além do Lucro: Relações Humanas no Ambiente de Trabalho
Essa perspectiva é crucial e deveria ser mais considerada em diversos contextos, inclusive no ambiente corporativo. Embora o resultado final das empresas se materialize no lucro, a relação e a convivência dos seres humanos em um ambiente de trabalho podem oferecer muito mais do que apenas o retorno financeiro ao final do mês, seja para o empregado (salário e ganho) ou para a empresa (acumulação de capital e lucro).
A satisfação material é importante, mas não pode ser o único motor. A existência humana é a essência fundamental que deve prevalecer. Pelo que você vive? Por uma condição de ser humano que busca a permanência e o impacto duradouro, ou pelas sensações aparentes das aquisições e dos serviços, que têm um sentido efêmero e desaparecem rapidamente?
Seja Permanência, Não Aparência
A mensagem é clara: seja mais permanência e menos aparência. Busque um propósito que transcenda o material e o passageiro, construindo uma vida rica em valores, contribuição e significado. A verdadeira plenitude reside na essência do ser, não na efemeridade do ter.
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