

Opinião
Conviver é Mais do que Morar Junto: A Vida em Condomínio e o Valor da Proximidade Humana
O comentário de Gilson Aguiar por Gilson Aguiar em 07/07/2025 - 13:40
O cotidiano de quem vive lado a lado
Você já parou para pensar na complexidade da convivência urbana? Nas cidades, estamos sempre cercados de pessoas. Mas nada se compara à experiência de viver em um edifício ou condomínio. Nessas estruturas verticais, dividimos mais do que espaço: compartilhamos muros, tetos, sons — e, muitas vezes, silêncios. Moramos parede com parede. Às vezes, estamos sobre os outros, ou sob eles. É uma convivência física inevitável, mas será que ela se transforma em convivência humana?
Os sons do cotidiano: sinais de presença
Quem mora em edifício sabe: há momentos em que, mesmo sozinhos, sentimos a presença dos vizinhos. Ouvimos passos no corredor, uma porta que se abre, o som de uma conversa abafada, uma música ao fundo. Às vezes, é só isso — um rastro sonoro da vida do outro. No elevador, cruzamos olhares, dizemos um “bom dia” apressado. Estamos lado a lado, mas será que estamos, de fato, próximos?
A distância dentro da proximidade
A questão é instigante: até que ponto essa convivência física gera vínculo? Será que enxergamos o outro como presença ou apenas como ruído de fundo? A construção de uma comunidade passa pelas relações que nela se estabelecem. Não se trata de amizades profundas, de laços intensos — mas de reconhecimento, de saber quem é o outro, de respeitar a existência compartilhada.
Conhecer sem invadir
Convivência não significa invasão. Não é preciso entrar na vida do outro para respeitá-lo. Mas conhecer seu nome, seu rosto, seu jeito, pode evitar muitos ruídos desnecessários. Uma conversa breve, um olhar atencioso, uma gentileza no momento certo: isso já pode fazer toda a diferença. A ausência de vínculo transforma o convívio em tensão. O mínimo de relação transforma o cotidiano em harmonia.
Um convite à atenção e ao cuidado
As pessoas que moram ao nosso lado podem, um dia, fazer parte ativa de nossa vida. E nós da delas. Às vezes, um gesto de cuidado parte de onde menos se espera — de quem está ali, no apartamento ao lado, no andar de cima, no térreo. Por isso, vale o esforço de observar mais, ouvir melhor, se abrir ao outro com respeito e empatia. Viver em condomínio é mais do que dividir um espaço: é dividir a vida.
Para refletir e compartilhar
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Vamos conversar mais sobre como tornar nossas cidades e nossos lares lugares melhores para viver — juntos.
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