Diretor da Sudamed diz que empresa vai processar Prefeitura de Maringá
Foto: Luciana Peña/CBN Maringá

Ressarcimento

Diretor da Sudamed diz que empresa vai processar Prefeitura de Maringá

Cidade por Luciana Peña em 04/05/2021 - 11:44

A empresa que opera o serviço de assistência à saúde do servidor municipal alega gastos de aproximadamente R$ 4 mi não previstos em contrato. As despesas foram contraídas de janeiro a abril com atendimentos hospitalares de servidores com Covid-19. 

A Sudamed venceu a licitação para prestar assistência à saúde a 33 mil servidores municipais e seus dependentes em dezembro do ano passado.

O contrato, segundo a empresa, estabelece 3300 procedimentos clínicos e ambulatoriais, seguindo a tabela MB 96.

O que significa 65% do que prevê um plano de saúde, sem ser um plano de saúde.

Não está no contrato atendimento de doenças causadas por pandemias.

Ainda de acordo com a empresa, o contrato começaria a valer em 11 de abril. Mas foi antecipado em três meses para atender um pedido da prefeitura porque o contrato anterior venceu em janeiro. A explicação para este hiato temporal seria o atraso na licitação.

Foi em janeiro que começaram as reclamações. Os usuários não conseguiam agendar consultas porque a Sudamed não tinha no sistema o cadastro de todos os servidores.

De janeiro a abril a empresa também passou a atender servidores com Covid-19 que chegavam aos hospitais privados conveniados para exames ambulatoriais e precisavam ficar internados.

Cerca de 300 servidores e dependentes precisaram de UTI.

Mas o contrato não previa este tipo de atendimento.

O diretor comercial da Sudamed, Alexandre Discioli , diz que autorizou a internação dos pacientes porque no auge do segundo pico da pandemia não havia vaga no SUS. E uma vez o paciente no hospital, seria desumano não autorizar a transferência para uma UTI.

As despesas se acumularam e chegam a quase quatro milhões de reais.

A Sudamed vai entrar na Justiça pedindo o ressarcimento. [ouça o áudio acima]

Sobre a crítica ao contrato com a Sudamed, de que o valor pago por assistido, de 43 reais, é muito baixo, o diretor explicou que o valor é resultado de uma licitação de três horas com 90 lances.

A Prefeitura de Maringá abriu um procedimento administrativo para apurar a inexecução do contrato e o Sismmar, sindicato que representa os servidores, pediu que a prefeitura faça um contrato de emergência, em caso de rompimento com a Sudamed. O Sismmar também denunciou a situação ao Ministério Público do Trabalho.

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