Implementação das cotas raciais entra em votação no dia 20 de novembro
Na semana passada, houve a aprovação do sistema de cotas na Câmara de Graduação (Foto: Paulo Vitor)

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Implementação das cotas raciais entra em votação no dia 20 de novembro

Educação por Victor Simião em 13/11/2019 - 17:48

Decisão caberá ao Conselho de Ensino e Pesquisa. Proposta, já aprovada na Câmara de Graduação, reserva 20% das vagas para pretos e pardos. Se for aprovada, já irá valer para o próximo vestibular.

Após mais um ano de mobilização, finalmente está conhecida a data decisiva para  movimento negro em Maringá: 20 de novembro. Além de ser o dia da consciência negra, será o dia em que o Conselho de Ensino e Pesquisa decidirá se aprova ou não a implementação das cotas raciais na UEM.

144 professores, coordenadores de cursos de graduação e pós graduação, votam. Para  a proposta ser aprovada é necessário ter maioria simples. 

Essa ação afirmativa já foi aprovada numa instância inferior, a Câmara de Graduação, na semana passada. Houve discussões acaloradas e alteração da proposição anterior. Após muito debate, o que ficou decidido foi: 20% das vagas do vestibular para negros - grupo composto por pretos e pardos. Dentro desse recorte, 15% devem, também, se enquadrar em critérios socioeconômicos como ter renda per capita de um salário mínimo e meio.

É essa a proposta que o CEP votará. E o coletivo Yalodê-Badá, composto por pessoas negras, estará presente no dia, em um ato. Foi o Yalodê, junto ao Núcleo de Estudos Interdisciplinares Afro-brasileiros, que entregou o pedido de cotas, no ano passado.  Neste ano, um grupo de professores se mobilizou para convencer os pares de que vale a aprovação do sistema.

A bióloga Aline de Souza, que participa do coletivo, disse estar ansiosa com a votação. Ainda há um pouco de receio, mas há esperança, falou.

Todos os anos entram três mil novos alunos na Universidade Estadual de Maringá. Desse total, 80% são brancos - o restante é composto por negros e indígenas. 

No Paraná, a UEM é a única universidade pública sem nenhum tipo de ação afirmativa para pessoas negras. O que a instituição tem é a cota social - que envolve critérios socioeconômicos. 

No dia da votação do CEP, a proposta vinda da Câmara de Graduação será debatida. Segundo assessoria da universidade, pode haver  alteração.

Se for aprovado como está, o sistema já passa a valer para o próximo vestibular.

 

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