Inquérito civil para apurar concessão de serviços funerários é instaurado
Foto: Divulgação/PMM/Arquivo

Em Maringá

Inquérito civil para apurar concessão de serviços funerários é instaurado

Cidade por Victor Simião em 24/07/2020 - 18:09

O Ministério Público quer saber se houve eventuais irregularidades na concessão desse tipo de serviço em Maringá. Para advogado que solicitou a investigação, a Prefeitura prorrogou contratos ferindo decisões do Tribunal de Contas da União.

A Promotoria de Patrimônio Público do Ministério Público em Maringá abriu um inquérito civil para apurar eventuais irregularidades na concessão dos serviços funerários da cidade. A medida foi tomada após um advogado apresentar uma representação apontando possíveis problemas. O inquérito foi instaurado no dia 08 de julho.

Em Maringá, cinco empresas prestam o serviço. Elas foram contratadas em 2009, por 10 anos. No ano passado, após o término dos contratos, o município renovou a concessão por meio de uma lei municipal, aprovada na Câmara de Vereadores.

Na avaliação do advogado e assessor parlamentar do deputado estadual Homero Marcheses (PROS-PR) Pedro Planas, que apresentou a representação ao MP, a medida feriu decisões do Tribunal de Contas da União. Segundo Planas, um dos problemas é que o princípio da obrigatoriedade de licitação pública não foi seguido. [ouça no áudio acima]

Uma comissão permanente formada por vereadores e servidores da Prefeitura de Maringá realizou um trabalho em 2019, concluindo que os serviços prestados eram satisfatórios. Para o advogado, a comissão não analisou todas as questões legais sobre o assunto. Além disso, a lei municipal que regula o serviço permite que até dez empresas atuem. No momento, são cinco.

No pedido, Planas solicitou a nulidade dos contratos, a suspensão do serviços e, caso haja irregularidades, a punição de quem estiver envolvido. Um ofício também foi encaminhado ao Tribunal de Contas do Estado do Paraná.

No primeiro momento, o Ministério Público pediu mais informações ao prefeito de Maringá, Ulisses Maia. A partir daí, há uma série de caminhos que podem resultar ou não em denúncia.

A Prefeitura de Maringá informou que já está explicando a situação ao Tribunal de Contas do Estado. Segundo a assessoria de comunicação, o tópico sobre a prorrogação ou não de contratos ainda não está pacificado no Tribunal de Contas da União, embora já existam decisões nesse sentido. O Executivo também disse que irá prestar esclarecimentos ao Ministério Público.

Respeitamos sua privacidade

Ao navegar neste site, você aceita os cookies que usamos para melhorar sua experiência. Conheça nossa Política de Privacidade