Produtor rural acusado de manter dois trabalhadores em situação análoga à escravidão deve responder processo criminal
Foto: Ministério do Trabalho e Previdência

Nova Esperança

Produtor rural acusado de manter dois trabalhadores em situação análoga à escravidão deve responder processo criminal

Paraná por Luciana Peña em 30/04/2022 - 09:25

 Neste mês, dois trabalhadores foram resgatados de uma propriedade rural em Nova Esperança. Eles estavam há anos trabalhando sem folga e sem receber salário. Casos como esse são raros na região de Maringá, diz procurador do MInistério Público do Trabalho. Chamou a atenção o fato do empregador ser um pequeno produtor rural.

Nesse domingo (1º), se comemora o Dia do Trabalho. Mas em pleno século XXI, os órgãos de fiscalização ainda flagram situações de trabalho análogo à escravidão. E não são casos em países subdesenvolvidos e distantes.

Este mês, bem perto de Maringá, em Nova Esperança, dois trabalhadores foram resgatados numa propriedade rural onde viviam em condições precárias há mais de 18 anos.

O nome do dono da propriedade não foi divulgado. Mas trata-se de um pequeno produtor rural que acolheu os dois homens que eram andarilhos. Mas após a acolhida, os andarilhos foram transformados em empregados, sem direito a folga semanal e sem salários.

Além disso, um deles teve os dados pessoais utilizados para a obtenção de benefício pago pelo Governo Federal. E o dinheiro ficou com o empregador.

Com a descoberta do caso, por meio de uma denúncia, o produtor rural foi obrigado a pagar verbas trabalhistas e a devolver o dinheiro recebido do benefício federal.

Além disso, foi aberto um inquérito policial e o produtor rural pode responder criminalmente, diz o procurador do Ministério Público do Trabalho, Fábio Alcure. [ouça o áudio acima]

Apesar da simplicidade, o produtor rural tinha consciência do que estava fazendo, acredita o MInistério Público do Trabalho. [ouça o áudio acima]

Os trabalhadores resgatados estão com parentes e vão receber o dinheiro a que têm direito parceladamente. Por um tempo, eles serão acompanhados por agentes públicos.

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