Seis cidades do noroeste do Paraná têm candidato único à Prefeitura
Nesses municípios, o candidato em disputa precisa de apenas um voto para ser eleito | Imagem Ilustrativa/Foto: Arquivo/Agência Brasil

Sem concorrência

Seis cidades do noroeste do Paraná têm candidato único à Prefeitura

Eleições 2020 por Victor Ramalho/GMC Online em 19/10/2020 - 13:56

Em Cafezal do Sul, Francisco Alves, Indianópolis, Juranda, Moreira Sales e Santa Cruz do Monte Castelo, apenas uma chapa concorrerá ao Executivo no dia 15 de novembro. 14 cidades em todo o Paraná vivem a mesma situação, de acordo com o TSE. Nesses casos, o candidato em disputa precisa de 1 único voto para ser eleito. 

Seis cidades do noroeste do Paraná praticamente já sabem o resultado de suas eleições para prefeito, marcadas para o dia 15 de novembro. Isso porque em Cafezal do Sul, Francisco Alves, Indianópolis, Juranda, Moreira Sales e Santa Cruz do Monte Castelo, apenas uma chapa disputará as eleições municipais para o poder Executivo em 2020.

De acordo com informações do portal de divulgação de contas e candidaturas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 14 municípios paranaenses, ao todo, possuem candidatura única à prefeitura. Nesses locais, pela lei eleitoral, o candidato em disputa necessita de apenas 1 único voto para vencer o pleito.

Em Francisco Alves, de apenas 5.993 habitantes, o ‘solitário’ Valter Cesar Rosa (PSDB) é quem busca a eleição, enquanto na também pequena Indianópolis, com seus 4.465 moradores, Juliano Trevisan (PSD) é o concorrente único. As duas cidades, aliás, são as únicas em que a chapa em disputa não pertence ao prefeito em exercício.

Mário Junio Kazuo (PSB), Francisco Boni (PSD), Rafael Brito (MDB) e Leila Amadei (PSD) buscam a reeleição por Cafezal do Sul, Santa Cruz do Monte Castelo, Moreira Sales e Juranda, respectivamente.

Em comum, os seis municípios possuem o baixo índice de eleitores aptos a votar, inferior a 10 mil pessoas, conforme levantamento disponibilizado pela Justiça Eleitoral, relativo até o mês de setembro.

Para o cientista político Tiago Valenciano, isso justifica o fenômeno das candidaturas únicas. O analista explica que cidades menores, costumeiramente, possuem grupos políticos bem definidos e que se alternam no poder. [ouça no áudio acima]

Valenciano também lembra que nos municípios do interior, é bastante comum observar figuras notórias assumindo cargos eletivos, no que ele define como ‘políticos de carreira’. Nesses casos, a população está tão acostumada com certos representantes ocupando as cadeiras de prefeito ou vereador, que as mudanças mais radicais se tornam raras. [ouça no áudio acima]

O cientista, no entanto, não enxerga nas candidaturas únicas algo positivo. ele considera importante o debate e a pluralidade de ideias que, nessas situações, não entram em cena. [ouça no áudio acima]

Conforme a lei, mesmo sem concorrência ao executivo, as eleições no dia 15 de novembro acontecem normalmente nas cidades listadas. Caso a chapa em disputa não receba nenhum voto, uma nova eleição deverá ser marcada pela Justiça Eleitoral.

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